Inicialmente, os cursos de formação de professores eram norteados pela ideologia das classes dominantes da sociedade. O objetivo desses cursos era formar professores/transmissores de conhecimentos acadêmicos. Não havia a preocupação com a qualidade do processo ensino-aprendizagem, mas, com quantidade de informações transmitidas.
Com o tempo, a necessidade de reavaliar o processo educativo fez com que a característica transmissora/quantitativa até então, começasse a ser questionada. Surgia a preocupação com a forma de ensinar, para que ensinar, quais as funções sociais do ensino escolar, quais as influências da escolarização no homem-ser-psicológico em constante desenvolvimento.
A partir desses questionamentos surgem estudos teóricos com base na ação educativa. Os cursos de formação de professores investem na superioridade da teoria sobre a prática inspirados no pensamento positivista de Auguste Comte e relegando ao fim do curso a experiência desastrosa com a prática ao perceber que teorias formuladas de forma dissociada dos processos práticos reais de aprendizagem não funcionam.
Muitos educadores têm questionado essa falsa ideia da supremacia teórica em detrimento da prática e reinvindicado uma nova reformulação nos cursos de formação de professores com ênfase na pesquisa através da associação prática-teoria-prática. Eis que surge o professor pesquisador.
Esse novo educador busca compreender melhor a sua prática pedagógica por meio da pesquisa cotidiana em sala de aula, dos saberes teóricos, num processo de reflexão sistemática em direção à uma prática mais consciente e comprometida com a função social da escola que é formar cidadãos.